Sistemas Neuroendócrino e Endócrino


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1. Introdução

BREVE APRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS NEUROENDÓCRINO E SISTEMA ENDÓCRINO

O s principais reguladores das funções desempenhadas pelo organismo são os sistemas nervoso e endócrino, além de manter o equilíbrio para que o organismo funcione de maneira correta e saudável. Alterações no funcionamento desses sistemas podem causar variações no funcionamento de diferentes órgãos e até levar a um estado patológico do organismo.

O SISTEMA NEUROENDÓCRINO é constituído por uma porção do sistema nervoso (Hipotálamo) e uma porção do sistema endócrino (Hipófise) (Fig. 2A). O Hipotálamo consiste em aglomerados de neurônios, denominados núcleos hipotalâmicos, e corresponde ao assoalho do diencéfalo e parte das paredes do terceiro ventrículo.

Alguns neurônios hipotalâmicos realizam síntese de hormônios. Os hormônios sintetizados são transportados através dos axônios desses neurônios secretores. O transporte dos hormônios é realizado por uma proteína carreadora denominada de Neurofisina. Os axônios deixam o sistema nervoso e penetram em uma região da glândula Hipófise (neurohipófise). Entretanto, outra região da hipófise (adenohipófise) se relaciona com o hipotálamo através da vascularização sanguínea.

O SISTEMA ENDÓCRINO (Fig. 1) é formado pelas glândulas endócrinas:

  • Hipófise,
  • Pineal,
  • Tireóide,
  • Paratireóides,
  • Adrenais,
  • Pâncreas endócrino
  • Gônadas (Ovários e Testículos)

Importante mencionar que as Glândulas Endócrinas são formadas por Tecido Epitelial e, assim como as glândulas exócrinas, a origem sempre ocorre a partir de algum Epitélio de Revestimento.

Ainda, vale ressaltar que todo Epitélio (de revestimento ou glandular) mantem contato com tecido conjuntivo. No caso das glândulas endócrinas, estas são totalmente dependentes da vascularização do tecido conjuntivo para liberar o seu produto de secreção (hormônios). Por isso, a cápsula e os septos de conjuntivo, que geralmente dividem as glândulas em lóbulos, são de fundamental importância. Pelo fato do tecido conjuntivo conter vasos sanguíneos e nervos, a presença do conjuntivo é necessária para que ocorra o controle glandular (hormonal e/ou nervoso) e assim, estimular ou inibir a atividade secretória dessas glândulas.

Os Hormônios são compostos que necessitam ser secretados em uma concentração equilibrada. A redução ou o excesso na secreção de hormônios pode levar a uma disfunção do órgão ou tecido alvo, podendo ocasionar processos patológicos.


2. Glândula Hipófise ou Pituitária


É um órgão localizado dentro da caixa craniana, alojado na sela túrcica (Fig. 2A). A hipófise é dividida em duas porções distintas: Adenohipófise e Neurohipófise.

A Adenohipófise tem origem do folheto embrionário ectoderma e a Neurohipófise se origina do neuroectoderma (aquela região do ectoderma que se diferenciou (placa neural e cristas neurais) e tem por função dar origem aos componentes do Sistema Nervoso).

A Adenohipófise se divide em três (3) regiões:

  • Pars Distalis – maior região da adenohipófise.
  • Pars Tuberalis – acompanha e envolve parcialmente o infundíbulo.
  • Pars Intermedia – região localizada entre a Pars Distalis e a Pars Nervosa.

A Neurohipófise se divide em duas (2) regiões:

  • Infundíbulo – recebe os axônios dos neurônios do Hipotálamo.
  • Pars Nervosa – porção final dos axônios dos neurônios hipotalâmicos e vasos sanguíneos.

Conteúdo Celular e Produtos de Secreção

Na ADENOHIPÓFISE as células se dispõem em cordões associados aos vasos sanguíneos.

  • Pars Distalis – os tipos celulares são divididos em dois grandes grupos:
    • Células Cromófilas (de dois tipos de acordo com afinidade por corantes):
      • Cromófilas acidófilas – secretam GH e Prolactina
      • Cromófilas Basófilas – Secretam FSH, LH, ACTH e TSH.
    • Células Cromófobas – sem afinidade por corantes.

Alguns autores consideram estas células com função desconhecida enquanto outros autores descrevem como células Cromófilas que já secretaram o seu conteúdo

  • Pars Tuberalis – constituída por células basófilas que secretam FSH e LH
  • Pars Intermedia – as células desta região se apresentam dispostas em cordões ou em folículos. Em humanos, esta região é considerada rudimentar por apresentar nas células, grânulos de secreção sem função conhecida.

O conteúdo da NEUROHIPÓFISE é de axônios (dos neurônios hipotalâmicos) associados com pituícitos (células que tem como função fazer a sustentação dos axônios).

A neurohipófise secreta ADH (Hormônio Antidiurético ou Vasopressina) e Ocitocina, produzidos pelos neurônios secretores do Hipotálamo.

Os Hormônios Hipofisários

Secretados pela Adenohipófise:

  • GH (Hormônio do Crescimento) – estimulado pelo Hormônio Liberador de GH, sintetizado pelo Hipotálamo. O GH é liberado na circulação em forma de pulsos durante o período de sono-vigília, com pico de secreção durante as duas (2) primeiras horas do sono.

O GH atua no crescimento do indivíduo (esqueleto e órgãos) de maneira indireta. A secreção do GH estimula o fígado (hepatócitos) a secretar somatomedina C (também denominado de Fator de crescimento semelhante à insulina do tipo I), que atua no crescimento dos ossos e das partes moles do corpo, atua no disco epifisário. A diminuição da concentração de somatomedina C estimula a secreção de GH.

    • O Excesso de GH na infância/puberdade causa GIGANTISMO
    • O Excesso de GH em adultos causa ACROMEGALIA (crescimento dos ossos formados por Ossificação Intramembranosa – pés, mãos, ossos da face, além de cartilagens (orelhas, nariz)).
    • A diminuição de GH na infância causa NANISMO HIPOFISÁRIO
  • PROLACTINA – a função predominante desse hormônio se relaciona com o estímulo inicial e a manutenção da lactação no período pós-parto.

A lactação é inibida durante a gravidez pela alta concentração de estrógeno e progesterona.

      • O excesso de Prolactina causa a diminuição na secreção de FSH e LH, os quais atuam nos Sistemas Reprodutores Feminino e Masculino, levando homens e mulheres à uma situação de infertilidade temporária.
  • TSH (Hormônio Tireoestimulante) – esse hormônio hipofisário atua sobre a glândula Tireóide e estimula a secreção de T3 e T4, quando estes se apresentam com a concentração diminuída.
  • ACTH (Hormônio Adrenocorticotrófico) - esse hormônio hipofisário atua sobre o córtex da glândula Adrenal, especificamente nas zonas fasciculata e reticulata (não atua na zona glomerulosa).
  • FSH (Hormônio Folículo Estimulante) – Já foi estudado no Sistema Reprodutor Feminino e Masculino.
  • LH (Hormônio Luteinizante) – Já foi estudado no Sistema Reprodutor Feminino e Masculino.
  • Secretados pela Neurohipófise:

  • ADH (Hormônio Antidiurético ou Vasopressina) - O ADH atua nos rins controlando a quantidade de água na urina, a fim de manter o equilíbrio osmótico do organismo. Especificamente, o ADH atua nos Túbulos Contorcidos Distais e Tubo Coletor fazendo com que as células epiteliais destas regiões absorvam água e redistribua para a vascularização adjacente.
  • OCITOCINA – esse hormônio é muito associado com as contrações da musculatura do útero e com a redução do sangramento uterino no momento do parto, e também com a liberação do leite materno para a amamentação, sendo estas funções essencialmente femininas.
    • Mas, o homem também possui hipotálamo e hipófise produzindo os mesmo compostos que são sintetizados no organismo feminino. Então, quais outras funções a Ocitocina desempenha no organismo?
    • Além da importância no parto e na lactação, a ocitocina se relaciona com o prazer sexual (incluindo o orgasmo), no reconhecimento social, nas relações afetivas e na ansiedade.

Figura 3 - Corte histológico da Hipófise evidenciando as porções da Adenohipófise (Pars Distalis e Pars Intermedia) e da Neurohipófise.

Figura 4 - Corte histológico da Hipófise evidenciando as porções da Adenohipófise (Pars Distalis e Pars Intermedia) e da Neurohipófise.

Figura 5 - Corte histológico da Hipófise evidenciando a Neurohipófise. A seta preta indica um vaso sanguíneo e as setas azuis indicam os núcleos dos pituícitos.

Figura 6 - Corte histológico da Hipófise evidenciando a Adenohipófise, especificamente a Pars Distalis. As setas amarelas indicam as células Cromófilas Acidófilas, as setas azuis indicam as células Cromófilas Basófilas e as setas vermelhas indicam as células Cromófobas.

Figura 7 - Corte histológico da Hipófise evidenciando a Adenohipófise, especificamente a Pars Distalis. Na imagem é possível observar as células Cromófilas Acidófilas, células Cromófilas Basófilas e as células Cromófobas, indicadas pelas setas verdes.

3. Glândula Pineal

  • A glândula pineal está conectada ao cérebro, anatomicamente, mas sem conexões nervosas.
  • Formada a partir de projeções do teto do diencéfalo, no 3º ventrículo
  • A glândula pineal apresenta áreas de calcificação, sem efeito conhecido sobre a atividade glandular.
  • Formada por dois (2) tipos celulares: Pinealócitos e células intersticiais (sustentação).
  • Os pinealócitos são células com função neurosecretora e responsáveis pela secreção do hormônio MELATONINA (hormônio da escuridão) – regula o ciclo circadiano (período de 24 horas).
  • A secreção de Melatonina aumenta com a diminuição da luz e Age no hipotálamo e na hipófise – regulando a secreção das gonadotropinas, do hormônio do crescimento e a indução do sono.
  • Importante pensar que a secreção de várias glândulas ocorre em pulsos e atingem o pico de secreção em momentos diferentes do dia.

4. Glândula Tireoide

A Tireoide é uma glândula de origem embrionária Endodérmica e se encontra localizada na porção cefálica do tubo Digestório, anteriormente à traqueia.

A tireoide é constituída por dois lobos (direito e esquerdo) unidos por um istmo. É revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo que emite septos para o interior dividindo o órgão em lóbulos. Os lóbulos são compostos por vários folículos tireoidianos (parênquima) que são sustentados por um estroma de conjuntivo altamente vascularizado.

A tireoide desempenha as funções de produzir hormônios de ação principalmente sistêmica (Hormônios T3, T4 e Calcitonina).

Figura 9 - Corte histológico da Tireóide – Glândula Endócrina Vesicular - evidenciando a cápsula de tecido conjuntivo, que reveste o órgão, e os folículos tireoidianos, que correspondem ao parênquima do órgão.

Figura 10 - Corte histológico da Tireóide – Glândula Endócrina Vesicular - evidenciando os folículos tireoidianos (estrelas amarelas), constituídos por um epitélio + coloide. Os vasos sanguíneos são indicados pelas estrelas azuis e as setas vermelhas indicam as células parafoliculares ou células C, responsáveis pela secreção de calcitonina.

Figura 11 - Corte histológico da Tireóide (presença de folículos) e Paratireoide (ausência de folículos) evidenciando a proximidade entre os dois órgãos.

Figura 12 - Corte histológico da Tireóide (presença de folículos) e Paratireoide (ausência de folículos) evidenciando a proximidade entre os dois órgãos.

Folículos tireoidianos

Os folículos tireoidianos correspondem a unidade funcional da Tireoide.

Cada folículo é individualizado pelo conjuntivo do estroma, assim, todas as células do epitélio glandular encontram-se em contato com os capilares sanguíneos, local onde o produto de secreção (hormônios) serão lançados.

Os folículos são constituídos por dois (2) componentes:

  • Células epiteliais que delimitam uma cavidade
  • Coloide – composto armazenado na cavidade

As células epiteliais dos folículos tireoidianos realizam as funções de:

  • Síntese proteica,
  • Transporte ativo de íons,
  • Reabsorção,
  • Digestão.

Sequência de eventos para a produção dos hormônios T3 e T4

  • As células epiteliais absorvem aminoácidos da corrente sanguínea.
  • Os aminoácidos são utilizados na síntese da proteína Tireoglobulina.
  • A tireoglobulina é transportada das células para a cavidade (armazenada).
  • As células epiteliais captam Iodeto do sangue, convertem o Iodeto em Iodo e transporta o Iodo para a cavidade.
  • Na cavidade ocorre a iodação da tireoglobulina. Os íons Iodo serão ligados na molécula proteica de tireoglobulina, formando um composto de tireoglobulina iodada (coloide).
  • Quando há a necessidade de produção e secreção dos hormônios Tireoidianos T3 e T4, a tireoglobulina iodada, será reabsorvida pelas células epiteliais e posteriormente digerida. Moléculas de tireoglobulina contendo três (3) Iodos originarão o hormônio T3 (triiodotironina) e moléculas de tireoglobulina contendo quatro (4) Iodos darão origem ao hormônio T4 (tetraiodotironina ou tiroxina), os quais serão secretados nos vasos sanguíneos adjacentes ao epitélio glandular do folículo tireoidiano.

Os hormônios T3 e T4 são produzidos e secretados a partir da estrutura dos Folículos Tireoidianos e atuam no metabolismo basal do organismo. Estes hormônios aumentam a absorção de açúcares no intestino, atuam no desenvolvimento corporal e são de fundamental importância no desenvolvimento do Sistema Nervoso.

Na ausência ou na redução de T3 e T4, durante o desenvolvimento do Sistema Nervoso (Embrião/Feto), pode ocorrer o Cretinismo, que causa retardo mental irreversível e baixa estatura nos indivíduos acometidos.

Além da produção e secreção dos hormônios T3 e T4, a Tireoide também secreta CALCITONINA. Diferentemente da produção do T3 e T4, a calcitonina não depende da estrutura dos folículos tireoidianos. A calcitonina é produzida pelas Células Parafoliculares ou Células C, as quais ficam localizadas entre as células epiteliais dos folículos tireoidianos, mas sem entrar em contato com o coloide. Alguns autores também descrevem este tipo celular localizado no tecido conjuntivo adjacente aos folículos. A calcitonina nunca é armazenada na forma de pré-hormônio, por isso, quando sintetizada é imediatamente, secretada nos vasos sanguíneos.

A calcitonina tem a função de manter a calcemia (concentração de Ca++ no sangue), enviando Ca++ para ser armazenado no esqueleto quando a concentração deste íon está aumentada no sangue.

Assim, a Tireoide tem a função de sintetizar e secretar os Hormônios T3, T4 e Calcitonina. A tireoide é classificada como uma glândula endócrina Vesicular ou Folicular.

5. Glândulas Paratireoides

A s glândulas Paratireoides são em número de quatro (4), localizadas nos polos superiores e inferiores dos lobos da Tireoide. São revestidas por cápsula de tecido conjuntivo, da qual partem trabéculas. As células estão dispostas em cordões, sendo estes cordões associados aos vasos sanguíneos que recebem a secreção.

Os cordões celulares, que formam o epitélio glandular, podem conter dois tipos celulares:

  • Células Principais​: produzem Paratormônio (PTH);
  • Células Oxifílicas​: de função desconhecida.

Quando em uma lâmina histológica a Paratireoide é corada com Hematoxilina-Eosina, as células principais se coram em roxo enquanto as células oxifílicas apresentam maior afinidade pela eosina, em decorrência da grande quantidade de mitocôndrias que possuem.

As células oxifílicas surgem a partir dos sete anos de idade, no entanto, a função dessas células permanece desconhecida.

O hormônio PARATORMÔNIO​ (PTH) é responsável por aumentar a concentração de Ca++ na corrente sanguínea. Assim, quando o paratormônio é secretado ele atua sobre os Osteoblastos. Os osteoblastos liberam um fator estimulante de Osteoclastos, o qual age sobre os osteoclastos, aumentando estes em número e em atividade, fazendo com que ocorra maior reabsorção de matriz óssea e assim, aumentando a concentração de Ca++ no sangue.

A calcitonina (produzida na Tireoide pelas células parafoliculares) e o paratormônio (produzido na Paratireoide pelas células principais) atuam no metabolismo e na mobilização do Ca++.

6. Glândulas Adrenais ou Suprarenais

A s adrenais estão localizadas no polo superior de cada rim, assim, uma glândula sobre o rim direito e outra sobre o rim esquerdo. São revestidas por cápsula de tecido conjuntivo da qual partem trabéculas.

As adrenais possuem dupla origem embriológica: mesodérmica e ectodérmica. Estão organizadas em duas regiões, Cortical (mesodérmica) e Medular (neuroectodérmica). A camada cortical se organiza em três zonas distintas: Glomerulosa, Fasciculata e Reticulata.

Na CAMADA CORTICAL, as células estão dispostas em cordões celulares e cada uma das zonas desempenham funções distintas, de acordo com o produto secretado.

  • Zona Glomerulosa é a região mais externa da Camada Cortical, estando localizada junto à cápsula de conjuntivo. As células desta região são responsáveis pela secreção de Minerolocorticóides. Esses compostos estão envolvidos na regulação de sódio e água corporal através da regulação do transporte de sódio em tecidos epiteliais. A aldosterona é o principal mineralocorticóide humano e atua na regulação da pressão arterial e homeostase eletrolítica. Atua também nas glândulas salivares e sudoríparas e interfere na absorção do Na++ pelo intestino.
  • Zona Fasciculata corresponde à região intermediária da Camada Cortical. As células da zona fasciculata (podem se apresentar com o citoplasma vacuolizado) são responsáveis pela secreção de Glicocorticoides, sendo o cortisol o principal deles. Os glicocorticoides atuam no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas no organismo. Outra importante função é relacionada ao sistema de defesa do organismo. Os glicocorticoides funcionam como anti-inflamatório natural, diminuindo a quantidade e a ação de Linfócitos.
  • Zona Reticulata é a zona mais interna da Camada Cortical e se localiza em contato com a Camada Medular. As células da zona reticulata são responsáveis pela secreção de andrógenos (hormônios sexuais masculinos) como dehidroepiandrosterona (DHEA) e a androstenediona, os quais podem ser convertidos em outros hormônios. Os andrógenos produzidos nas adrenais atuam sobre o anabolismo proteico e também na regulação da concentração iônica em diferentes órgãos e tecidos do organismo.

Somente as Zonas Fasciculata e Reticulata sofrem a ação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), produzido pelas células basófilas da Pars Distalis (Hipófise). O ACTH não age sobre a Zona Glomerulosa, que sofre a ação da Angiotensina II.

Na CAMADA MEDULAR, de origem Neuroectodérmica, as células tem origem das cristas neurais e são consideradas por alguns autores como neurônios modificados. A camada medular apresenta estroma escasso, porém altamente vascularizado. As células dessa camada são responsáveis pela secreção de catecolaminas (Epinefrina e Norepinefrina). Os produtos secretados pela região medular das adrenais desempenham suas funções relacionadas à situação de stress, situações emocionais, situações de emergência e de defesa.

A epinefrina na corrente sanguínea aciona mecanismos de mobilização de lipídeos para produção de açúcar. O aumento da taxa de glicose no sangue permite a fermentação da glicose nos músculos. Ainda, esse composto tem efeito sobre o sistema nervoso simpático agindo sobre o coração, os pulmões, vasos sanguíneos, órgãos genitais, etc. Os principais efeitos são: aumento dos batimentos cardíacos, dilatação dos brônquios e pupilas, vasoconstricção, suor, dentre outros. A Norepinefrina atua na tonicidade muscular nos vasos sanguíneos, controlando, então, a pressão sanguínea.



7. Ovários

A ação endócrina dos ovários encontra-se relatada na secção Sistema Reprodutor Feminino.

8. Testículos

A ação endócrina dos testículos encontra-se relatada na secção Sistema Reprodutor Masculino.

9. Pâncreas endócrino (ilhotas pancreáticas)

A ação endócrina das Ilhotas Pancreáticas (Pâncreas Endócrino) encontra-se relatada na seção Sistema Digestório.


NÃO ESQUECER...

Camada Mucosa: Tecido Epitelial + Tecido Conjuntivo que reveste uma luz que faz contato com o ambiente (meio externo).
Camada Serosa: Tecido Conjuntivo + Tecido Epitelial de Revestimento Simples Pavimentoso (mesotélio) que reveste superfície de órgãos que estão voltadas para as cavidades do corpo.
Camada Adventícia: Tecido Conjuntivo que une órgãos e estruturas. Ausência de Tecido Epitelial.
Estroma: tecido conjuntivo de preenchimento e sustentação do órgão.
Parênquima: tecidos e estruturas que correspondem a porção funcional do órgão.

Como citar?

Fávaro LF, Silva LF, Tanamati LW, Schramm MVP, Moretti R. Histologia de Órgãos e Sistemas – Texto e Atlas. Sistemas Neuroendócrino e Endócrino. Acessado em (data). Disponível em http://histologiatextoeatlasufpr.com.br/index.php/sistemas-neuroendocrino-e-endocrino/

Bibliografia Utilizada

1- JUNQUEIRA LC., CARNEIRO J. Histologia Básica 13ª Edição. Editora Guanabara Koogan, 2017.

2- KIERSZENBAUM AL., TRES LL. Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução a Patologia. 4ª Edição. Editora GEN Guanabara Koogan, 2016.

3- KIERSZENBAUM AL., TRES LL. Histologia e Biologia Celular: Uma Introdução a Patologia. 5ª Edição. Editora GEN Guanabara Koogan, 2021.

4- PAWLINA W., ROSS MH. Histologia Texto e Atlas - Correlações com Biologia Celular e Molecular. 7ª Edição. Editora GEN Guanabara Koogan, 2016.

5- STEVENS A., LOWE JS. Histologia humana. 4ª edição. Editora GEN Guanabara Koogan, 2016.